13 músicas que definem Taylor Swift e sua carreira
Com seis shows marcados no país, em São Paulo e no Rio de Janeiro, o ícone do pop Taylor Swift desembarca no Brasil com uma bagagem vasta e longa: sua discografia.
A cantora, agora com 33 anos, assinou, no início de sua carreira, um contrato com a Big Machine Records, gravadora independente que possuía os direitos sobre seus discos originais, até 2018. Os direitos de seus antigos lançamentos, por sua vez, foram para o empresário Scooter Braun, após comprar a Big Machine em 2019. Como consequência, os direitos de todas as gravações de Taylor foram, também, adquiridos por ele. Swift, no entanto, não aceitou esse repasse, principalmente devido a conflitos entre ela e Scooter no passado. A cantora, com cinco álbuns de estúdio retidos pelo selo da Big Machine, resolveu, então, regravar todos os seus trabalhos desenvolvidos lá para, dessa forma, reter seus direitos de volta. Assim, surgiram os Taylor’s Version.
Após o lançamento dos álbuns Lover, folklore e evermore, já criados na Republic Records, com quem Taylor assinou contrato em 2019, ela começou o relançamento de seus projetos anteriores. Fearless (Taylor’s Version) foi o primeiro da leva e, após ele, vieram os discos Red (Taylor’s Version), Speak Now (Taylor’s Version) e seu mais recente relançamento, o 1989 (Taylor’s Version). Para regravação, restam apenas seu debut autointitulado e o reputation para serem lançados. Em meio aos Taylor’s Version, a cantora lançou também o álbum de inéditas Midnights, totalizando, assim, 13 álbuns de estúdio e oito que ela possui direitos.
Nós da Moodgate separamos 13 músicas – número da sorte da Taylor – para você já ir se aquecendo para os shows da The Eras Tour no Brasil. Dentre nossos critérios de seleção, consideramos não só a relevância das músicas para a carreira e história da cantora, mas também as narrativas apresentadas que, na nossa percepção, encapsulam perfeitamente alguns dos momentos vivenciados por ela em sua vida pessoal ou pública. Além de escolhermos uma faixa para cada um de seus discos, destacamos algumas canções disponíveis nas versões Deluxe ou From The Vault, carimbo que, nos discos regravados por Swift, sinalizam músicas que foram escritas e produzidas na época do lançamento original, mas não chegaram a serem inclusas nas versões finais do álbum. Confira:
13. Tim McGraw
taylor swift, 2006
Tim McGraw marca o início da jornada musical de Taylor Swift, sendo a faixa de abertura de seu álbum de estreia autointitulado, lançado em 2006. Com apenas 16 anos na época, a cantora revelou seu talento distintivo de contar histórias por meio de uma melodia country envolvente, numa letra escrita por ela durante uma aula de matemática. A canção é um tributo nostálgico ao poder da música em evocar memórias e emoções, utilizando o nome do cantor country Tim McGraw como uma âncora para uma história de amor perdido.
A letra é uma poesia sincera e autêntica que narra a saudade de um relacionamento passado e, nela, Taylor expressa seus sentimentos com uma notável maturidade para sua idade. A música cativa não apenas pela voz doce e expressiva da cantora, mas também pela maneira como ela constrói imagens vívidas e sentimentos palpáveis. No refrão, quando Swift menciona que espera que seu namorado lembre de sua música favorita de Tim McGraw quando pensar nela no futuro, ela se refere à faixa Can’t Tell Me Nothing, de 2004. Curiosamente, anos depois, em 2014, Taylor e McGraw colaboraram para uma música do próprio Tim, Highway Don’t Care, realizando um sonho da cantora.
Por isso, Tim McGraw não é apenas uma introdução ao catálogo de Taylor Swift, mas também um indicativo do seu domínio precoce na arte de transformar experiências pessoais em narrativas universais. — Carolina Leal
12. Love Story
fearless, 2008
Quando compôs a romântica Love Story, anos atrás, Swift era uma adolescente utilizando uma perspectiva imaginária para dar maior profundidade a uma história de amor épica. A música original transmitia uma energia juvenil e pura mas, ao regravá-la já aos 31 anos, Taylor torna a oferecê-la uma interpretação mais suave e madura, vinda de alguém que, muito mais do que à altura de seus quinze anos, já experimentou amores de todos os tipos. Embora a nova versão de seu projeto de regravações se assemelhe bastante à original de 2008 em termos de estrutura e composição, há nuances significativas que transformam a música, como a voz que agora proporciona uma melancolia terna, transportando o ouvinte para um passado distante e certamente nostálgico. Ao começar a faixa com “éramos ambos jovens quando te vi pela primeira vez”, a cantora parece estar buscando algo além de simplesmente recuperar os direitos de seu catálogo antigo.
O amadurecimento de Swift, tanto vocalmente quanto em experiência de vida, é evidente na nova versão. Ela canta com um conhecimento mais profundo das complexidades do amor, criando uma atmosfera emocional rica e carregada de significado. Esta regravação não é apenas uma decisão estratégica, mas também demonstra o controle artístico de Taylor sobre a arte feita por ela ainda em sua adolescência. — Igor Rogh
11. Enchanted
speak now, 2010
Do Speak Now, Enchanted é uma obra-prima romântica que encapsula a magia dos amores à primeira vista. A cantora traz uma narrativa poética em torno de um encontro que deixa uma impressão duradoura, aqui representada na intensidade da letra que relata uma conexão instantânea. Com muita entrega emocional, Taylor emprega metáforas e confissões evocativas para descrever a profundidade dos sentimentos experimentados, apesar deste ter sido apenas um primeiro encontro.
Enchanted é mais do que uma simples canção romântica; é um testemunho da maestria de Taylor Swift em traduzir experiências pessoais em músicas universalmente cativantes. Ao explorar os matizes das emoções humanas, Swift solidifica sua posição como uma contadora de histórias notável, conferindo uma beleza atemporal a esse momento encantado que ressoa além das fronteiras do tempo e da individualidade. — Carolina Leal
10. All Too Well
red, 2012
All Too Well representa o Red como nenhuma outra canção. Lançado em 2012 e regravado em 2021, o álbum, em sua maior parte, mostra a frustração e a dor sentida após o término de do relacionamento de Taylor com o ator Jake Gyllenhaal. A faixa em questão fala sobre um namoro que terminou, bem como as memórias que permanecem após o fim. A raiva e a mágoa intercalam entre a nostalgia descrita através das memórias contadas com precisão. “E eu sei que faz muito tempo e que a magia não existe mais, e eu posso estar OK, mas não estou bem de verdade”, canta Taylor canta algumas vezes.
O clipe, que é um short film, representa isso muito bem. Ele intercala entre memórias felizes e tristes até chegar no término de fato. Por fim, mostra como Taylor está atualmente, após as desavenças naquela época. O vídeo é estrelado por Sadie Sink e Dylan O’brien, que representam Taylor e Jake, respectivamente, enquanto namoravam. A diferença de idade entre os atores é proposital, visto que Swift é nove ano mais nova que Gyllenhaal. A versão regravada possui 10 minutos, enquanto a anterior possui apenas cinco. Na versão atual, tudo é contado com mais detalhes, o que, também, dá mais intensidade ao álbum. — Giovanna Pavan
9. Blank Space
1989, 2014
Para quem viveu os anos 80, é irônico que o 1989 de Taylor Swift não reflita tanto a sonoridade desse período. Apesar de seu nome remeter ao ano de nascimento da cantora, o álbum se assemelha mais a 1984 ou 1985, com seus sintetizadores brilhantes e o humor característico da MTV. Blank Space destaca-se coms eu estilo electropop, parecendo ter sido feito para tocar entre sucessos de Tears for Fears e Icehouse no final dos anos 80. A música, com sintetizadores gelados, se encaixa nesse período, com a voz de Swift se adaptando ao clima frio. A letra da canção aborda um relacionamento obsessivo de forma sardônica, ironizando o romantismo com uma perspectiva cínica e experiente e satirizando as relações que terminam antes mesmo de começarem.
Blank Space é um marco significativo na carreira de Taylor e, como grande parte de seus sucessos, atingiu o primeiro lugar das paradas na época. Não é só um hit pop irônico, mas uma faixa que subverte e assume as narrativas tipicamente associadas à cantora na mídia. O videoclipe, por sua vez, parece mostrar o trajeto de um relacionamento que começa perfeito, mas é, sarcasticamente, arruinado pela postura obsessiva de Swift. Na época, era comum ouvir críticas acerca de seus parceiros amorosos, ou sua suposta tendência em engatar namoros com outras celebridades e, depois, escrever músicas sobre eles. — Igor Rogh
8. Getaway Car
reputation, 2017
Getaway Car é uma faixa do álbum reputation, que apresentou uma nova fase na carreira da cantora ao afastá-la da imagem da “velha Taylor”. As músicas como Look What You Made Me Do, Ready For It e End Game exibiram uma variedade de estilos e ritmos electropop, caracterizando uma mudança notável na sua sonoridade. No entanto, Getaway Car se destaca como a faixa mais impressionante do álbum por seu som misterioso e intrigante que replica algum suspense. A letra transmite arrependimento e reflexão, explorando uma curta aventura amorosa de Taylor e o início de um relacionamento com remorso.
A música se destaca não apenas pela composição e ritmo envolvente, mas também por sua mensagem direta à mídia. Supostamente inspirada no relacionamento conturbado de Swift com Tom Hiddleston enquanto ainda estava com Calvin Harris, Getaway Car contrasta a percepção midiática sobre Swift ao desafiar a imagem de vítima frequentemente associada à cantora. — Igor Rogh
7. Cornelia Street
lover, 2019
Lover é álbum completamente apaixonado, daqueles que mostram romances açucarados em sua melhor forma: na fase boa, onde tudo é meigo, repleto de tons vermelhos e rosados, as cores que representam o amor. Nele, há diversas canções românticas e Cornelia Street é uma delas.
A faixa fala sobre a emoção sentida por duas pessoas quando estão juntas e querem permanecer. A melodia retrata as vivências a dois, desde beber juntos até o simples fato de andar rua afora de mãos dadas. A música termina com versos onde Taylor anseia e teme a perda de seu companheiro que, na época, era o ator Joe Alwyn, com quem terminou seu relacionamento em abril de 2023. Cornelia Street também é um local na cidade de Nova York, onde a cantora alugou um apartamento, por isso a menção e importância. A ideia da composição é que Swift viveu tantas memórias nesse lugar que, caso o relacionamento acabe, ela jamais poderia voltar ali. — Giovanna Pavan
6. exile (feat. Bon Iver)
folklore, 2020
Mostrando nuances no gênero folk, Taylor lançou folklore durante a pandemia. O disco ganhou a categoria de álbum do ano no Grammy e foi produzido por Jack Antonoff. A sonoridade se distancia sutilmente do pop pelo qual a cantora é conhecida, oferecendo um sentimento nostálgico e mais intimista que seus trabalhos anteriores. Num apanhado geral, o disco discorre sobre amores perdidos e a algumas das narrativas são focadas em um triângulo amoroso adolescente, percorrendo o ponto de vista de três pessoas em momentos diferentes. Os personagens que foram criados para protagonizar a história foram James, Inez e Betty — sim, da música betty. Curiosamente, os nomes são inspirados nos filhos da atriz Blake Lively com o também ator Ryan Reynolds, casal extremamente próximo de Taylor.
No entanto, uma das faixas que mais demonstra saudade, angústia e dor com tamanha intimidade e emoção é exile, com participação de Bon Iver. A faixa fala sobre quando uma pessoa nota que uma relação está fragilizada e que não é como antes. “Eu acho que vi esse filme antes e não gosto de como ele termina”, canta Taylor, acima da harmonização de Justin Vernon. O verso “você era a minha cidade, mas agora estou em exílio”, no refrão, deixa mais evidente sobre o que a música se trata. exile mostra também que nunca se está sozinho, apesar de idas e vindas. Não é a toa que ela foi lançada em um período pandêmico, de isolamento. — Giovanna Pavan
5. ivy
evermore, 2021
Admitimos: sim, Taylor já escreveu inúmeras vezes sobre relações desequilibradas e rupturas tortuosas em que, geralmente, ela é a vítima de algum fenômeno, ou da própria “crueldade casual” de alguém. Por isso, quando o evermore foi lançado poucos meses depois do folklore, durante a pandemia, foi certamente surpreendente ouvir Swift entoando narrativas de infidelidade, insuficiência ou até mesmo homicídio. ivy é particularmente atraente por contar a história de um matrimônio perturbado por uma paixão intensa por um dos lados e, apesar das tentativas do eu-lírico de livrar-se da tentação, da mesma forma que alguém tenta livrar um jardim de ervas daninhas, é difícil resistir.
A conexão retratada em ivy é tão intensa quanto delicada. “Minha dor cabe na palma de sua mão congelada, tomando a minha que já foi prometida para outro”, canta Swift, ao som de uma percussão mais cálida e íntima que outros momentos do disco, como o country de no body, no crime e o pop industrial de closure. As letras são apaixonadas, mas também tão dramáticas que parecem ter saído de uma peça shakesperiana. Não poderia ser diferente, aliás, quando a frase que introduz a faixa é “como eu saberia que te encontraria onde o espírito encontra os ossos, numa terra esquecida pela fé”. — João Victor Mothé
4. Anti-Hero
midnights, 2022
O décimo disco de estúdio de Taylor, Midnights, revela uma faceta mais íntima e pessoal da cantora ao explorar suas próprias inseguranças e sentimentos sombrios que emergem durante a madrugada. Seu primeiro single, Anti-Hero, é um reflexo dessas experiências noturnas, com uma letra explícita que aborda os “fantasmas” que ela enfrentou ao longo de sua vida e carreira. O clipe autobiográfico complementa a narrativa, representando esses fantasmas como seres assustadores e simbolizando os pensamentos intrusivos da imaginação.
Ainda na produção cinematografica, ela se confronta com diferentes versões de si mesma, desde a Taylor festeira até a Gigante da Montanha, explorando metáforas sobre a pressão da fama e as expectativas exageradas. A obra também aborda questões pessoais, como distúrbios alimentares, revelando uma autocrítica profunda. A cena do velório no clipe ilustra a relação complicada com a família, destacando parentes interessados apenas na fama e fortuna da cantora.
O desfecho do vídeo, onde as três versões de Taylor Swift brindam e ela conclui que ela é o problema, assim como diz na canção. O título da faixa ainda sugere uma quebra de padrões tradicionais, apresentando a artista como uma protagonista que não se encaixa nas características nobres associadas aos heróis convencionais. A letra é um destaque na carreira de Swift, que expõe a complexidade e a humanidade por trás da imagem glamorosa de uma grande estrela como ela. — Carolina Leal
3. New Romantics
1989 (deluxe), 2014
A música originalmente faz parte da versão deluxe do álbum 1989 e introduz uma reflexão sobre o amor na geração de Taylor. Apesar de seu potencial, New Romantics não obteve o destaque merecido e permaneceu sendo uma faixa promocional, embora abraçada pelos fãs como um verdadeiro single injustiçado. Sua pegada cativante e seu significado também a torna uma das favoritas do público brasileiro. A música vai além do amor tradicional para homenagear os “novos românticos”, vindos de uma geração que acredita no amor, na arte e em uma visão positiva da vida. Taylor Swift expressa seu ponto de vista sobre as lutas nos relacionamentos modernos e sua atitude positiva em relação ao mundo por meio da música.
Inspirada em sua própria vida na indústria musical, Swift compartilhou com seus fãs durante sua turnê que a música foi motivada por um momento pessoal doloroso, quando descobriu que seu ex estava com outra pessoa. Isso a fez refletir sobre as relações e a importância das pessoas em sua vida, mostrando que as histórias que escrevemos não precisam ser reais, mas sim o que desejamos que aconteça. — Igor Rogh
2. Safe & Sound
the hunger games: songs from district 12 and beyond, 2012
Apesar de ter sido originalmente produzida para a trilha sonora do filme Jogos Vorazes, Safe & Sound é, na atualidade, quase uma extensão temática e sonora do folklore e do evermore, discos em que Swift abdicou das cores do pop em prol de explorar instrumentações analógicas e produções mais ancoradas no acústico. A faixa funciona como uma canção de ninar, como se Taylor estivesse assegurando alguém de que o manterá à salvo custe o que custar. Embora a letra descreva algumas das cenas do filme, Safe & Sound foi só incluída nos créditos finais de Jogos Vorazes, ainda que tenha sido a canção de maior sucesso e projeção de toda a franquia ao lado de Yellow Flicker Beat, de Lorde, feita para o penúltimo longa da saga.
Em tempos recentes, no mês que antecedeu o lançamento da regravação do Red, Taylor também foi ao estúdio para oferecer novos vocais à Safe & Sound, apesar da produção ter se mantido praticamente idêntica. A nova versão ganha também a tag “Taylor’s Version”, sinalizando que a cantora possui os direitos da faixa. — Marcella Fronterota
1. Would’ve, Could’ve, Should’ve
midnights (3am edition), 2022
É difícil pensar em uma faixa que melhor exemplifique a maturidade de Taylor que a reflexiva Would’ve, Could’ve, Should’ve, incluída na versão deluxe de seu último disco de inéditas, Midnights. A letra é especialmente amarga e, diferente de diversas das composições mais românticas da cantora, traz algumas de suas ponderações mais sombrias acerca de um relacionamento de anos atrás, abusando de metáforas de diversas ordens para expressar seu arrependimento. Mais complexa, íntima e dolorosa que o restante do álbum, Would’ve, Could’ve, Should’ve imprime toda a lástima de Swift que, aqui, retoma, com aflição, a posição de vítima não num tom meramente performático, mas contestador: ela se pergunta o que teria sido dela se não tivesse vivenciado aquela experiência abusiva e angustiante no fim de sua adolescência, proporcionada por um homem muito mais velho.
É fácil inferir que a música é uma sucessora natural de Dear John, do Speak Now, e, por consequência, assumir que também se trata de sua relação turbulenta com o cantor John Mayer, treze anos mais velho que Taylor. Embora alarmente por si só, essa diferença de idade se torna particularmente mais desequilibrada quando se considera que, na época, a artista tinha apenas dezenove anos e era relativamente nova na indústria. “Se você nunca tivesse atravessado o meu caminho, eu teria permanecido de joelhos e jamais teria dançado com o diabo”, canta Swift, usando de simbolismos religiosos para sugerir que o relacionamento a destituiu de sua inocência. Mais tarde, durante a ponte, ela ainda veicula uma ordem direta para seu agressor, clamando que ele a devolva sua pureza.
Por mais densa que a temática de Would’ve, Could’ve, Should’ve seja e por mais que tais memórias até hoje assemelhem-se à armas para Taylor, é admirável perceber o quanto ela cresceu em todos os sentidos. Apesar disso, existe alguma vulnerabilidade valiosa em assumir que essas cicatrizes ainda não se fecharam e que, mesmo adulta, ela carrega consigo todos os traumas que já viveu. — João Victor Mothé