Supercombo se consolida em uma noite memorável no Circo Voador
Tem uma frase que eu falo sempre, e a direi de novo: tem banda que, mesmo que você nao seja fã, você tem que ir no show. O Supercombo se enquadra na frase acima.
Num Circo Voador lotado, a banda capixaba subiu ao palco pontualmente às 22:30 e a recepção foi ensurdecedora. O show era especial do disco Rogério, de 2016, que seria tocado na íntegra. Pra mim, esse é o álbum mais importante da banda, porque foi o que a consolidou como uma das mais inventivas e promissoras dos anos 10. Pra quem não lembra, o Supercombo ganhou notoriedade nacional ao participar do reality muscal da Globo, Superstar. Apesar de ja vir de um excelente momento em 2014, com seu album Amianto, o programa serviu pra expor a banda pra uma audiência gigantesca, e a banda soube capitalizar muito em cima disso.
O disco Rogério veio em cima desse hype e só serviu pra consolidar ainda mais a base crescente de fãs que a banda vinha angariando. Com participações certeiras de Keops e Raony, do Medulla, Emmily Barreto, do Far From Alaska, Gustavo, da Scalene, Mauro Henrique, do Oficina G3, Lucas, da Fresno, Sergio Britto, do Titãs e Negra Li, o disco trabalhou em cima da temática do sete pele, o cramunhão, o mochila de criança, isso mesmo, Rogério.
Com temas muito mais amplos e instrumentais muito bem trabalhados, esse trabalho ficou marcado com um de seus melhores, e isso transpareceu no Circo Voador. A força de músicas como Magaiver, Jovem e, a minha favorita, Grão de Areia, mostra como esse disco envelheceu bem. Todas as músicas foram cantadas a plenos pulmões e de forma uníssona.
Após tocar o disco na integra, o Supercombo ainda presenteou o público com as poderosas Amianto, Maremotos e Piloto Automatico, dos excelentes discos Amianto e Adeus, Aurora.
O vocalista Leo Ramos terminou o show falando que não se esqueceria daquela noite no Circo Voador e, posso falar pelo publico que a recíproca é verdadeira