Do Auge do metalcore aos diversos momentos de Asking Alexandria | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Do Auge do metalcore aos diversos momentos de Asking Alexandria

Após nove longos anos, a banda Asking Alexandria irá se apresentar no I Wanna Be Tour, trazendo toda a nostalgia e história do bom e velho metalcore “screamo” dos anos 2009 a 2013. Muitos lembram das franjas, dos breakdowns ritmados, eletrônicas de ambiência e os refrões com vozes aveludadas que atraíram uma geração.

Diretamente de York, na Inglaterra, a banda britânica foi formado por Ben Bruce em 2006 e lançou o seu primeiro álbum Stand Up and Scream três anos depois, em 2009. Diante de uma fase magnífica, com reconhecimento internacional, premiações e tours, Asking Alexandria lançou três discos icônicos no gênero, como o já citado Stand Up and Scream, Reckless and Relentless (2011)  e From Death To Destiny (2013) antes da saída de Danny Worsnop, que voltaria logo após o lançamento do quarto álbum The Black (2016) com Denis Stoff nos vocais. Entre muitas objeções pelo mau desempenho ao vivo, Worsnop regressa para continuar a trajetória, e com o quinteto original.

Com muitos hits, clipes icônicos, vocais visceirais e breakdowns, a Moodgate preparou uma apresentação das fases da história da banda e, para aquecer até o I Wanna Be Tour, ainda indicaremos algumas faixas de cada período:

Stand Up and Scream (2009)

Um dos álbuns mais icônicos do metalcore dessa época, caracterizado por breakdowns, a contraposição entre vocais viscerais e angelicais, e influências eletrônicas somadas à composição. Uma sonoridade que não só marcou uma geração, mas influenciou diversas bandas a seguirem essa sonoridade e estilo de composição, como Capture The Crown e Make Me Famous.

Como primeiro trabalho, Asking Alexandria alcançou o topo das paradas apenas nos Estados Unidos, o que gerou uma grande pressão para uma tour. Um ponto alto é a música The Final Episode (Let’s Change The Channel), que foi o single principal e lançada com um clipe extremamente marcante para a época. E claro, clássicos como Not The American Average e A Prophecy são ecoadas até os dias atuais. O disco é, ainda, dotado de diversos detalhes e muita personalidade em razão do tom visceral e gutural de Danny Worsnop.

Destaques: Not The American Average, I Was Once, Possibly, Perhaps A Cowboy King e A Prophecy.

Reckless & Relentless (2011)

No segundo álbum Reckless & Relentless, a banda atingiria seu auge internacional com uma sonoridade encorpada, densa e uma pitada do estrelismo do Rock n’ Roll derivado das referências do hardrock, gênero que o Asking Alexandria sempre se espelhou em, apesar dos sons bem destoantes. Isso resultou em turnês internacionais com gigantes do gênero de metal como Slipknot e Slayer, elevando o conjunto em credibilidade na cena e inovando.

Reckless & Relentless é um álbum que demonstra o coração e a potencialidade dos integrantes em entregar, na melhor forma, a sonoridade do metalcore, o que surpreendeu os fãs e alcançou novos ouvintes.

Destaques: Breathless, To The Stage e Someone, Somewhere.

From Death to Destiny (2013)

Após o período do segundo álbum, o vocalista Danny Worsnop sofreu um rompimento nas cordas vocais que o fez mudar seu som e cuidar de sua saúde. Isso não o limitou e muito menos o diminuiu em sua potencialidade como cantor. O álbum From Death To Destiny foi o mais vendido e o único a alcançar a quinta posição na Billboard 200, o que fez o Asking Alexandria atingir o seu auge comercial.

Com uma nova mentalidade, o grupo optou por experimentar nos detalhes para que a banda fosse mais tocada em rádios e se tornassem, certamente, uma referência no gênero. A nitidez dessas experimentações e do amadurecimento, além da mudança da voz de Danny, está na construção dos refrões que grudam na cabeça e a estética adotada pela banda em seus clipes e shows. O que chama atenção é a essência do Asking Alexandria ainda estar clara em cada canção como Run Free, que é um single ainda seguindo os moldes do Reckless & Relentless,  Poison e Believe.

From Death To Destiny é um álbum que agrada os fãs fiéis e os amantes do gênero metal, isso devido a robustez, a identidade e a inovação explícita, traços que forneceramum ar fresco para o que o Asking Alexandria tocava desde o início.

Destaques: Killing You, Run Free e Moving On

The Black (2016)

Durante todo esse período, Danny Worsnop mostrava descontentamento, e isso era nítido aos entusiastas do grupo. Então, fundou uma banda de hardrock chamada We Are Harlot, na qual poderia cantar da forma em que se sentia confortável. Diversos fãs da banda expressavam decepção com o desempenho ao vivo dos integrantes, sem os berros característicos e, também, pela suposta ausência de esforço para que entregassem o mesmo padrão de estúdio. O resultado era notável: o vocalista sai da banda e é substituído pelo vocalista Denis Stoff, ex-frontman das bandas Make Me Famous e Down & Dirty. Como todos já suspeitavam, Denis era um nome fortíssimo devido aos seus covers de sucesso do Asking Alexandria em seu canal no Youtube, além do potencial já demonstrado em seus projetos anteriores. 

O episódio é algo que divide os fãs da banda, já que, embora Denis tenha conseguido agradar e atrair muitos, outros não se sentiram satisfeitos pela substituição, alegando que a essência de Danny Worsnop era, também, a essência do Asking Alexandria. O primeiro single a ser lançado, e seria eternizado na história, foi I Won’t Give In, que explorou o talento vocal de Stoff. Até hoje, é umas das músicas mais ouvidas do grupo. Com isso, o quinteto lançou o disco The Black, que proporcionou um rejuvenscimento à essência inicial da banda e com a vitalidade do novo vocalista. O resultado foi positivo, se tratando de uma transição, com uma sonoridade bastante sólida, original e tentando alcançar o mainstream do gênero.

Destaques: The Black, Here I Am e Let It Sleep

Asking Alexandria (2017)

No mesmo ano do lançamento do The Black, o vocalista Denis Stoff sai da banda, e muitos atribuem o caso às questões políticas envolvendo seu país de origem, a Ucrânia. Assim, Danny Worsnop regressou ao Asking Alexandria, e uma nova turnê se iniciou com músicas ineditas dos primeiros álbuns. Apesar disso, todo o recente trabalho lançado com Stoff doi esquecido nas apresentações.

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O álbum autointitulado abre um portal para uma nova fase de Asking Alexandria, tornando a banda um conjunto de arena rock que busca experimentar novos caminhos em suas composições e se distanciar da sonoridade pesada do metalcore para alcançar novos públicos. Os timbres da guitarra se tornam mais densos e graves, o vocal mais limpo toma uma maior parte do tempo nas canções, novos elementos do pop começam a aparecer e gêneros diferentes se misturam nessa nova roupagem. O projeto é um álbum que precisa ser apreciado sem que comparações aos primeiros trabalhos da banda sejam tecidas, tendo seus pontos altos com Alone In A Room e Where Did It Go?.

Destaques: Where Did It Go?, When The Lights Come On e Alone In A Room

Like a House On Fire (2020)

A distância de seus primeiros álbuns fica mais nítida e a visão de Danny para suas composições torna-se mais fortes nesse momento, o que afasta os admiradores de longa data do Asking Alexandria, mas atrai novos fãs. Seguindo a estética do arena rock, a banda parece tentar se encontrar numa nova direção. Esse álbum exemplifica a dedicação dos integrantes em navegar em experimentalismo para que se sintam bem. Não é sobre os trabalhos anteriores, e sim sobre os próprios artistas.

Um disco mergulhado em letras repletas de significados, riffs fortes e o acréscimo de diversos elementos de outros gêneros ligados ao pop. Em seus detalhes, é possível notarmuita originalidade e potência, mas claramente não é feito para ser mais um álbum de metal. Com certeza, um trabalho que divide opiniões entre os fãs.

Destaques: Antisocialist, Down To Hell e The Violence

See What’s On The Inside (2021)

Com o single Alone Again, a banda volta a estar no radar dos entusiastas do gênero e consegue agradar os fãs com um rock mais convincente. Uma construção totalmente diferente da anterior, mas que busca entregar um rock moderno baseado em hinos e riffs de hardrock. É quase um caldeirão de misturas que faz o ouvinte ficar perdido durante sua experiência com o disco.

Parece uma longa jornada para se reconectarem como banda e isso provoca um desconforto pela diferenciação e referências em cada música. Alone Again, The Grey e Never Gonna Learn são profundas e de extremo sentimentalismo. É um disco dramático, teatral e robusto, mas que pode não chocar.

Destaques: Alone Again, The Grey e Faded Out

Where Do We Go From Here? (2023)

Em 2023, se apresentando ao mundo com o single Dark Void, todos os fãs se surpreendem com um leve gosto da essência do Asking Alexandria. De um forma muito moderna, a banda, no álbum Where Do We Go From Here?, parece ter um norte e se encontrar sabendo dosar e aproveitar tudo o que deu certo em seus trabalhos anteriores. Com isso, Asking Alexandria volta a ter mais atenção do mundo do rock moderno.

Denso, moderno e excêntrico. Os vocais intensos de Danny são utilizados com pontualidade e muita inteligência, dando mais profundidade às músicas. Os riffs de guitarras são a exemplificação do que é o rock moderno com uma timbragem encorpada, mas com muita referência de seus tempos áureos. A bateria, com seus ritmos e pedais duplos, estremece o chão. E o toque perfeito é o do baixo, que guia e proporciona mais vida às canções. Where Do We Go From Here? é um álbum que conquista pela leve lembrança dos antigos tempos, pelo amadurecimento alcançado e por usarem a modernidade para, talvez, se encontrarem nesse longo trajeto.

Um fato curioso e recente, é que Where Do We Go From Here? foi o álbum de despedida de Ben Bruce, que informou há poucos dias que sairia da banda por motivos familiares.

Destaques: Bad Blood, Nothing Left e Let Go

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