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Eloy Casagrande não é o primeiro: Relembre outros 10 brasileiros que integraram grandes bandas internacionais

A recente confirmação de que Eloy Casagrande é o novo baterista do Slipknot tornou-se motivo de grande orgulho para os brasileiros, e não há dúvidas de que nosso país está muito bem representado na banda dos americanos mascarados. Afinal, há mais de uma década, o músico paulista de 33 anos é amplamente reconhecido como o melhor baterista brasileiro da atualidade, chegando a ser eleito, recentemente, o melhor baterista de metal do mundo, pelos portais especializados Drumeo e Modern Drummer.

Os primeiros shows de Eloy como membro do Slipknot estão acontecendo nos Estados Unidos, mas o público brasileiro terá a oportunidade de conferir ao vivo essa nova formação da banda na segunda edição do Knotfest Brasil, que acontecerá nos dias 29 e 30 de outubro deste ano.

Vale lembrar, porém, que o ex-baterista do Sepultura e do Glória não é o primeiro brazuca a fazer shows ao lado de artistas estrangeiros renomados. Confira, nesta lista, outros dez músicos brasileiros que acompanharam grandes nomes da música internacional:

Kiko Loureiro

Reconhecido como um dos melhores guitarristas do Brasil, o carioca Kiko Loureiro foi convidado, em 2015, para fazer testes para entrar na banda americana de thrash metal Megadeth, devido ao enorme virtuosismo que ele sempre demonstrou ter no Angra e em seus trabalhos solo. Como era de se esperar, o brasileiro foi aprovado, mas teve que deixar o Angra para poder ingressar no grupo liderado por Dave Mustaine.

Ao lado do Megadeth, Kiko fez diversas turnês e ainda gravou os elogiados álbuns de inéditas Dystopia (2016) e The Sick, The Dying… And The Dead (2022), tendo, inclusive, participado do processo de composição de várias faixas de tais trabalhos. Entretanto, no final de 2023, o músico acabou deixando o grupo, com o objetivo de se dedicar mais à sua família. Ele, porém, ainda mantém uma boa relação com Mustaine – que, frequentemente, descreve o brazuca como ‘’o melhor guitarrista que a banda já teve’’.

Fabrizio Moretti

Diferente dos demais nomes desta lista, o baterista Fabrizio Moretti não é um músico contratado, e sim um membro-fundador de uma banda estrangeira gigante.

Filho de mãe carioca e nascido no Rio de Janeiro, Fabrizio se mudou para os Estados Unidos com apenas três anos de idade. Lá, ele conheceu Julian Casablancas, Nikolai Fraiture, Nick Valensi e Albert Hammond Jr durante a época da escola e, com eles, montou o The Strokes, em 1998.

Assim como todos os demais integrantes da formação original, Fabrizio permanece no The Strokes até hoje e participou de todos os 6 álbuns de estúdio lançados pelo grupo. O baterista, apesar de bastante americanizado, já teve um projeto paralelo com o também carioca Rodrigo Amarante (do Los Hermanos), intitulado Little Joy.

Mateus Asato

Em solo nacional, o campo-grandense Mateus Asato conquistou, há anos, o status de maior guitarrista brasileiro revelado no século 21, tendo trabalhado ao lado de nomes como Tiago Iorc, Sandy, Fresno, Luan Santana, Di Ferrero e Oficina G3. Era questão de tempo até o reconhecimento internacional vir também.

Seu primeiro trabalho fora do país foi excursionando ao lado de Tori Kelly, em 2015. Pouco tempo depois, o brasileiro obteve ainda mais visibilidade, ao ser contratado para integrar as respectivas bandas de Jessie J (de 2017 a 2021) e Bruno Mars (de 2021 a meados de 2023).

Depois de fazer shows ao lado de Bruno Mars (inclusive como membro do projeto Silk Sonic, que o cantor americano manteve com Anderson .Paak, em 2021 e em 2022), Mateus se tornou um músico mundialmente reconhecido. Seu enorme virtuosismo chegou a ser elogiado por guitarristas lendários, a exemplo de John Mayer, Steve Vai, John Petrucci, Nuno Bettencourt e Joe Satriani.

Atualmente afastado de turnês como músico contratado, Mateus declarou, recentemente, que pretende aproveitar a visibilidade conquistada para focar em uma carreira autoral, e adiantou que deve lançar seu primeiro álbum solo ainda em 2024.

Mauro Refosco

Em 2011, o Red Hot Chili Peppers convocou o percussionista Mauro Refosco, de Joaçaba (SC), para gravar a percussão do álbum I’m With You. Depois disso, o catarinense ainda excursionou por dois anos ao lado da banda, na turnê de divulgação desse trabalho.

Embora não tenha participado das turnês seguintes do grupo, Mauro voltou a trabalhar com o Red Hot Chili Peppers em estúdio, gravando a percussão dos álbuns The Getaway (2016), Unlimited Love (2022) e Return of the Dream Canteem (2022). Ele também trabalhou novamente com o baixista Flea, no projeto paralelo Atoms for Peace, que contava com Thom Yorke, do Radiohead, no vocal.

Apesar de ser mais conhecido por sua contribuição no Red Hot Chili Peppers, Mauro também participou de várias turnês e álbuns do americano David Byrne (fundador do Talking Heads).

Marcus Castellani e EV Martel

Os paulistanos Marcus Castellani e EV Martel possuem em comum o fato de terem sido chamados para tocar no Manowar devido às suas respectivas passagens na banda Kings of Steel (maior tributo ao Manowar no Brasil).

Os dois, porém, ingressaram na banda americana em épocas diferentes e tocaram juntos por poucos meses: Castellani foi contratado em 2017 e exerceu a função de baterista até meados de 2019, enquanto o guitarrista EV Martel entrou no grupo no início de 2019 e ficou até meados de 2022, tendo gravado as guitarras do EP The Final Battle I  (2019).

Castellani atribuiu o motivo de sua saída a divergências com o líder do grupo, Joey DeMaio. Martel, por sua vez, alegou que deixou o Manowar por querer se dedicar mais à sua família.

Fernando Rosa

Natural de uma zona periférica de São Paulo, Fernando Rosa é, hoje, um dos baixistas mais aclamados do Brasil. Em cenário nacional, ele já era, há anos, uma figura conhecida, graças aos seus incríveis desempenhos acompanhando artistas como Ed Motta e O Teatro Mágico, mas a fama mundial veio a partir do momento em que o músico paulistano passou a utilizar o Instagram como ferramenta de divulgação de seu trabalho.

Durante a pandemia do Covid-19, Fernando começou a fazer lives em seu Instagram, tocando grandes sucessos do Funk americano, do Rock e da Disco Music. O virtuosismo do baixista impressionou os espectadores e fez com que ele passasse a ser seguido por músicos internacionais renomados, como Slash, Nile Rodgers, Duff Mckagan, Adam Levine e Lenny Kravitz.

Com o fim do período pandêmico, Fernando acabou sendo chamado para acompanhar Lenny Kravitz e sua banda em vários shows realizados em 2023. O brasileiro também foi o escolhido para gravar as linhas de baixo do próximo álbum do artista americano, Blue Electric Light (com previsão de lançamento para o dia 24 de maio).

Em junho, Fernando deve assumir o posto de músico fixo na turnê mundial que promove o novo trabalho de Kravitz. Em paralelo a isso, o baixista ainda mantém um projeto solo, com o qual vem se apresentando em vários países.

Rafael Moreira

Nascido no interior do Paraná (mais especificamente, na pequena cidade de Cambará), o guitarrista Rafael Moreira é reconhecido como um dos maiores sidemans da música popular americana, tendo atuado em turnês de vários artistas gigantes e integrado as bandas de apoio de grandes programas de televisão.

Seu primeiro grande trabalho foi acompanhando a cantora Christina Aguilera em turnê, de 2000 a 2001. Depois disso, ele migrou para a banda de P!nk, onde permaneceu de 2002 a 2005, tendo, inclusive, gravado guitarras para o álbum I’m Not Dead. Em 2005, Rafael foi chamado para integrar a banda do programa Rock Star, onde ele ficou por duas temporadas e chamou a atenção do roqueiro Paul Stanley (co- vocalista do Kiss), que recrutou o brasileiro para integrar a sua banda solo, após assisti-lo na TV.

Até os dias de hoje, Rafael acompanha Paul Stanley em seus projetos solo. Porém, como a agenda do Kiss sempre foi prioridade para o veterano vocalista, Rafael teve que manter, em paralelo, outros trabalhos: nos últimos anos, ele tocou nas bandas de apoio dos programas The Voice e American Idol, lançou dois álbuns autorais com a banda Magnético e saiu em turnê ao lado de nomes como Steven Tyler (vocalista do Aerosmith), Backstreet Boys e New Kids on The Block.

Atualmente, Rafael mantém o seu trabalho autoral à frente do Magnético, ao mesmo tempo que acompanha Paul Stanley no projeto Paul Stanley’s Soul Station – onde o eterno integrante do Kiss mostra uma faceta menos roqueira e mais voltada ao R&B/Soul Music.

Andreas Kisser

Mesmo possuindo alguns projetos paralelos, o guitarrista Andreas Kisser sempre manteve o Sepultura como prioridade em sua carreira. Porém, em 2011, ele não hesitou ao aceitar o convite para fazer 11 shows ao lado do Anthrax, suprindo a ausência de Scott Ian, que havia acabado de ser pai e não poderia estar presente em tais apresentações.

Segundo Andreas, a proposta era ‘’irrecusável’’, principalmente pelo fato de que 5 dessas apresentações coincidiam com a grandiosa turnê The Big Four, onde o Anthrax dividia palco com as gigantes Metallica, Megadeth e Slayer.

De acordo com um comunicado divulgado pelos integrantes do Anthrax nas redes sociais, Andreas foi a primeira escolha da banda para ocupar temporariamente o lugar de Scott Ian, uma vez que o brasileiro possui uma excelente reputação internacional, graças ao seu trabalho à frente do Sepultura. Não à toa, o guitarrista paulista também já foi chamado para fazer pequenas participações em shows de nomes como Motorhead, Alice Cooper, Steve Vai e Korn, tendo ainda, em seu currículo, projetos montados ao lado de músicos do naipe de Mike Portnoy (baterista do Dream Theater), Jason Newsted (ex-baixista do Metallica) e David Ellefson (ex-baixista do Megadeth).

Heitor TP

Nascido em Rio Grande (RS) e criado em Niterói (RJ), Heitor Teixeira Pereira (ou Heitor TP) iniciou a sua carreira no Brasil, acompanhando nomes como Ivan Lins e Milton Nascimento. Em 1988, porém, ele foi chamado para ser guitarrista da banda britânica Simply Red, onde permaneceu até 1996, participando de diversas excursões do grupo e gravando os aclamados álbuns A New Flame (1989), Stars (1991) e Life (1995).

Depois que deixou o Simply Red, o brasileiro participou de turnês de artistas como Willie Nelson, Rod Stewart, Destiny’s Child, Mary J. Blidge, Bryan Adams e Seal, além de ter trabalhado em estúdio com Elton John, Jack Johnson, Kenny G, Caetano Veloso e outros gigantes da música internacional e nacional.

Hoje, porém, Heitor se dedica totalmente a trabalhar em trilhas de cinema, tendo assinado composições originais presentes em longas como Melhor É Impossível (1997), Madagascar (2005), Meu Malvado Favorito 2 (2013), Minions (2015) e Gato de Botas 2: O Último Pedido” (2022). Ele também atuou como músico de estúdio em várias trilhas do lendário Hans Zimmer – tais como as de Missão Impossível 2 (2000), Gladiador (2000) e Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).

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