I Wanna Be Tour: um dia de contrastes no Rio de Janeiro | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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I Wanna Be Tour: um dia de contrastes no Rio de Janeiro

Nota de Pesar

A Moodgate se solidariza com a família e amigos de João Vinicius Ferreira, jovem de 25 anos que faleceu após sofrer uma descarga elétrica durante o festival I Wanna Be Tour, no Riocentro, na madrugada de domingo (10). Segundo informações, João Vinicius, que veio de Maricá para o evento, teria encostado em um food truck energizado, na área próxima à Pista Premium do show, quando recebeu a descarga. Ele estava molhado por conta da forte chuva que caiu na região durante o festival.

Lamentamos profundamente essa tragédia e prestamos nossas condolências à família e amigos do João Vinicius. Nós prestamos nossa solidariedade e manifestamos nossa mais sincera torcida para que casos como este não se repitam.

A I Wanna Be Tour, festival dedicado ao emo e ao pop punk, chegou ao Brasil pela primeira vez, percorrendo cinco cidades com um line-up de 12 bandas. O evento representou um marco histórico por ser o primeiro festival no país focado nesses estilos em específico. No Rio de Janeiro, o IWBT aconteceu no sábado (09), na área externa do Riocentro. E a Moodgate estava lá para conferi todos os detalhes de pertinho.

Fresno

Sob um sol radiante, a banda Fresno deu o pontapé inicial no festival às 11h da manhã. O trio gaúcho presenteou o público com um passeio por sua discografia, tocando desde clássicos como Quebre as Correntes, Redenção e Diga Part. 2, até canções mais recentes como Já Faz Tanto Tempo e Casa Assombrada. Para esta última, a banda contou com a participação especial de De’Mar Hamilton, baterista do Plain White T’s.

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Outro momento marcante foi a apresentação do single mais recente da banda, Eu Nunca Fui Embora. Fãs carregaram balões com o nome e a cor da capa do single, o que contribuiu para deixar o momento ainda mais especial. O show foi finalizado com um agradecimento. Além de homenagear bandas e artistas que contribuem para a cena brasileira, a Fresno dedicou uma parte da homenagem ao criador de Dragon Ball Z, Akira Toriyama, com cenas do anime que marcaram a infância de muitos dos presentes.

Plain White T’s

Em seguida, no palco “It’s Not a Phase”, foi a vez do Plain White T’s. A banda se apresentou com uma seleção de hits nostálgicos, incluindo Hey There Delilah, que contou com a participação especial da cantora Day Limns. A canção foi recebida por um coro memorável e emocionante da plateia.

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Mayday Parade

Muito se fala sobre a banda da Flórida que carregou fãs fiéis do início do show ao fim, trazendo muita explosão durante a parte do dia que ainda estava ensolarada. Mayday Parade surpreendeu a plateia que ainda não conhecia a banda e se torna mais única ainda para quem já curtia.

Hits como Miserable At Best e Jersey foram tocados com muita intensidade, trazendo o frescor do pop punk ainda no início do festival. E claro, a banda finaliza a sua apresentação com Jamie All Over, fazendo com que muitas pessoas do festival saíssem correndo para se juntar à plateia já presente para prestigiar o final do show.

Pitty

Em uma apresentação memorável no I Wanna Be Tour, Pitty brindou o público com uma celebração dos 20 anos de seu álbum “Adorável Chip Novo”. A setlist especial incluiu a icônica I Wanna Be, em referência ao festival, e fez a plateia cantar em uníssono.

Momentos de grande energia marcaram o início da tarde, com o público pulando e cantando junto em Máscara. A nostalgia tomou conta do Riocentro com Equilize e Na Sua Estante, que emocionou a todos.

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Pitty aproveitou a oportunidade para destacar a importância da representatividade feminina na cena musical, mencionando a artista Kathleen Hanna, do Bikini Kill. Em um gesto de empoderamento, convidou fãs para subir ao palco e cantar Me Adora com ela para encerrar sua participação.

Boys Like Girls

O Boys Like Girls proporcionou uma experiência mais introspectiva no I Wanna Be Tour. A banda mergulhou em seus álbuns Love Drunk e Boys Like Girls, transportando o público para uma viagem no tempo aos anos 2000.

A nostalgia era nítida no Riocentro, com a plateia cantando alto os hits como Two Is Better Than One e Hero/Heroine. Era impossível não se lembrar da época em que a MTV Hits dominava as TVs e o emo era a trilha sonora de uma geração. Para fechar com chave de ouro, a banda brindou o público com a icônica The Great Escape, encerrando sua participação e fechando em alto nível.

Asking Alexandria

Após nove anos, a banda Asking Alexandria pode ter feito um dos shows mais memoráveis em sua passagem pelo país. Com um público muito forte, que era notável pelas camisas e pela espera no palco It’s a Lifestyle, era notável a expectativa que o Rio de Janeiro tinha pelo show. Um fato curioso, o vocalista Danny Worsnop visitou o Brasil pela última vez em 2013, visto que, em 2015, outra vez em que o Asking Alexandria esteve no país, Denis Stoff era quem comandava o microfone.

O show foi, basicamente, dividido em dois momentos, a primeira parte com singles de seus últimos álbuns, como Into the Fire e Down to Hell, e a segunda parte com os clássicos To the Stage, A Prophecy e The Final Episode (Let`s Change the Channel). Os fãs foram presenteados até mesmo com a clássica Closure, do álbum Reckless and Rentless, que quase não aparece mais nos shows.

No Rio de Janeiro, a banda tocou exclusivamente as músicas Moving On e Someone, Somewhere. Um show conciso em seus detalhes e instrumentos com muita potência e clareza. Infelizmente, Danny não parece estar em sua melhor forma, como os fãs esperam em relação seu auge, mas o vocalista tentou e se esforçou para entregar os vocais limpos e os berros (viscerais e guturais).

The Used

A banda teve sua última passagem pelo Brasil em 2012, isso explica a multidão que tanto os aguardavam, com muitos fãs de diversas faixa etárias. The Used trouxe nostalgia e muito vigor, não decepcionando em nenhuma detalhe.

Iniciando com Pretty Handsome Awkward elevando o clima do I Wanna Be Tour naquele momento, e encerrando com The Taste of Ink. Era nítido os sentimentos guardados de cada fã que ali estavam. E o show foi se seguindo com bastante simpatia e presença de Bert McCracken. Nas cidades até o Rio de Janeiro, Blue and Yellow não foi tocada e o público carioca foi agraciado com esse grande momento. Uma noite, com toda a certeza, muito memorável e como disse Bert em português: “O emo vive!“.

All Time Low

Em um fim de tarde radiante, o All Time Low dominou o palco It’s A Life Style. A banda de Maryland, referência no cenário emo atual, brindou o público com uma explosão de hits e colaborações com artistas como Avril Lavigne, Demi Lovato e Blackbear, atendendo aos anseios do público mais jovem. O quarteto americano se destacou pela interação constante com a plateia, demonstrando seu amor pelo Brasil. Faixas como Monster, Stella e Dear Maria, Count Me In fizeram o público cantar em coros memoráveis pelo festival, evidenciando a conexão entre banda e fãs.

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Uma das grandes surpresas do show foi a inclusão de Remembering Sunday, música que ainda não havia sido apresentada em outras datas da turnê. A performance contou com a participação especial da cantora Marcella Rica, proporcionando um momento único e emocionante.

The All-American Rejects

Em uma noite já carregada de nostalgia, o The All-American Rejects elevou o sentimento a outro nível. Vindos de Oklahoma, os músicos embarcaram em uma viagem no tempo musical, revisitando hits que marcaram a era dos besteiróis americanos. Com um público ávido por cantar junto, faixas como Sweat, Move Along e Gives You Hell transformaram o ambiente em uma pista de dança vibrante.

Nx Zero

No palco It’s a Lifestyle, o Nx Zero entrou de forma icônica com Além de Mim seguindo com Bem ou Mal preenchendo a noite com muito emo nacional. É notória a presença de palco da banda e o entrosamento entre os integrantes, que conseguem transmitir isso ao público. O show ainda contou com uma participação especial da cantora Day Limns na música Aonde Estiver.

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Uma apresentação impecável nos detalhes e com muita alegria, como nas músicas Só Rezo e Não é Normal, e aquele calor no coração que faz emocionar, como nas músicas Cartas pra Você e Ligação. Um momento lindo da tour Um Pouco Mais do Nx Zero.

A Day To Remember

Entre chuvas, breakdown e muita energia, o show do A Day To Remember consegue ser novamente histórico. A banda consegue manter a energia com todos as suas músicas clássicas e com diversos efeitos pirotécnicos durante a apresentação, e isso demonstra o domínio em saber o que estão fazendo.

Um espetáculo marcado por muitos hits como All I Want e All Signs Points to Lauderdale que marcaram a geração de muitos no gênero metalcore e post-hc ao longo desses anos. O show começou com a magia de The Downfall Of Us All que faz todos explodirem em energia. A música Have Faith in Me com um lindo momento de um cadeirante fazendo crowd surfing e sendo notado por Jeremy McKinnon. A banda A Day To Remember realizou um show conciso, simpático e histórico.

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Simple Plan

Sob a forte chuva carioca, o Simple Plan não se intimidou e agraciou o público com um show memorável, fechando com chave de ouro a I Wanna Be Tour no Rio de Janeiro. A banda canadense esbanjou energia e carisma, proporcionando aos fãs uma noite inesquecível marcada por interações constantes, participações especiais, covers e a icônica performance de What’s New Scooby Doo?, que chamou ao palco diversos fãs fantasiados como o personagem.

O repertório recheado de hits nostálgicos como Welcome to My Life, Summer Paradise, Crazy, Perfect e I’m Just a Kid fez a plateia vibrar. Nessa última o baterista Chuck Comeau se jogou na multidão, em um “stage diving” que intensificou a energia contagiante do show.

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Em um momento emocionante, a banda convidou o ator Ruy Brissac para cantar Vira-Vira durante a homenagem aos Mamonas Assassinas, demonstrando o respeito e admiração que a banda tem pela cultura brasileira.

Foi uma viagem inesquecível à nostalgia, comprovando que o emo segue vivo e pulsante nos corações de uma geração que se identifica com a paixão e a energia contagiante do Simple Plan.

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joelrneto12@gmail.com

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