Por trás de The Offspring e a explosão do punk californiano | Moodgate
Um novo sentimento para a música
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Por trás de The Offspring e a explosão do punk californiano

Carimbados pelo punk rock, ska punk, pop punk e rock alternativo, The Offspring desempenhou um papel fundamental para o renascimento do gênero nos anos 90. Através de letras que abordam temas sobre rebelião, juventude e questões sociais, suas performances enérgicas também atraíram uma nova geração de punks quando dividiram espaço com Green Day, Blink 182, NOFX e Pennywise.

Embora já tenham alcançado há muito tempo um status lendário graças aos discos Smash ou Americana, os californianos ainda levaram dez anos para que o hobby profissional finalmente se tornasse a ponta de lança de um som inteiro. Dexter Holland e Noodles relatam a jornada como uma brincadeira no quintal até um jogo de xadrez com o chefe da Epitaph Records.

Foi enquanto participava de eventos de corrida no ensino médio que Holland conheceu os futuros membros originais, logo depois de serem expulsos de um show do Social Distortion. O ano era 1984 e o grupo se chamaria Manic Subsidal. Ao adquirirem um pequeno lugar nas pistas da Califórnia, foi somente em março de 1989 que eles se uniram ao produtor Thom Wilson (The Adolescents, TSOL, Dead Kennedys, Bad Religion) para a gravação de seu primeiro álbum, auto-intitulado The Offspring.

O trabalho representa uma fase muito mais áspera, pesada e hardcore do que o som típico produzido depois por Noodles, Dexter, Greg K e Ron Welty. Um tema recorrente de guerra, à qual várias letras se referem (Jennifer Lost the War, Out On Patrol, Tehran), não havia sido suficiente e só 10.000 cópias foram vendidas. Apenas no segundo álbum, Ignition, em 1992, o The Offspring iniciou sua primeira turnê pela Europa.

Com a trágica morte de Kurt Cobain e uma geração grunge sendo deixada para trás, o lançamento de Smash, 1994, parecia ser um remédio perfeito para a melancolia ambiental. Sentir raiva tornou-se popular novamente e o single Come Out and Play chegou à MTV como um míssil. A abertura agitada em Nitro (Youth Energy), o hard rock Gotta Get Away e a lenta introdução do baixo de Bad Habit foram moldados por pura arrogância juvenil.

O material seguinte, Ixnay On The Hombre, 1997, tentou inovações relativas que desconcertaram o público em massa, enquanto fãs hardcore os fizeram pagar por sua saída do Epitaph para a Columbia Records. Amplamente ignorado e vendendo três vezes menos que seu antecessor, os punks só assumiram o controle com a curta e poderosa All I Want, mas verdadeiros destaques nunca atingiram lugares mais altos.

Ao se regenerarem no próximo ano para limpar os canais auditivos das crianças em Americana, faixas que se tornariam as mais emblemáticas da carreira, The Kids Aren’t Alright, Pretty Fly (For a White Guy), Why Don’t You Get a Job e Staring At The Sun, agora circulavam pelas praias novamente. Preenchido por uma sátira sobre a cultura dos Estados Unidos, o álbum rendeu mais de 10 milhões de cópias e uma apresentação histórica no Woodstock, 1999.

Com energia crua, a voz especial de Dexter Holland e acordes de guitarra hipereficazes de Noodles são fáceis de recordar. Anos depois, o The Offspring não busca ser a moda do dia. Os sucessos antigos e faixas recentes do projeto Let The Band Times Roll, 2021, geralmente se tornaram o modus operandi da banda para uma sequência de apresentações nostálgicas.

O grupo marcará presença no festival Lollapalooza, em março desse ano, ao lado de nomes como Blink 182 e Arcade Fire. A última passagem do The Offspring no Brasil aconteceu durante a edição de 2022 do Rock in Rio, com um show memorável e recheado de hits.

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